Corpus de Textos Antigos

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Maarten Janssen, 2014-

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Livro dos Mártires

TitleLivro dos Mártires
AutorBernardo de Brihuega
EdiçãoAna Sonsino, Marta Cruz e Cristina Sobral
Tradução/RedacçãoTradução do texto castelhano do 3º livro da obra hagiográfica de Bernardo de Brihuega, Genesi Alfonsii, composta em 1260-80.
Data da Tradução/Redacção1300-1325
TestemunhoLisboa, João Pedro Bonhomini de Cremona, 17 de Agosto de 1513. Exemplar único na Biblioteca do Paço Ducal, Vila Viçosa, Livro nº 36.
Data do Testemunho1513
BITAGAPManid 1028 cnum 2265 Texid 1032
GéneroHagiografia

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¶De como Affricano. o Adiantado ameaçou sam Focas que o deitaria no fogo. e elle dise q era aparelhado para reçeber todolos tormentos. Capitulo .v.

QUando Affricano o ouuyo aqueste foy mujto sanhudo. e disse Pois mostra tu ho teu deos e ganharey eu do emperador que me de poder de adora lo e serui lo. E respondeo emtom sam Focas e disse. O nosso senhor segundo que te eu ante disse reyna em os çeeos e he grande e nom pode ser visto. ca ho nom pode homẽ veer per cara mas coneheçe sseconeheçe sse: erro por conheçe sse. por medo qua bem vees tu que nom descendera chuyua do çeeo quando a ty aprouuer nem he em voontade della de sayr quando ella queyra. nem he em poder nene: erro por nẽ. voontade do maar de seer manso cada que elle quiser. E pois porq andarey contando longamẽte todas aquestas cousas. ca em exemplo de homem me pode auondar assaz. Ca nom somos nos saãos de todolos membros aa sazom q queremos. mas quando praz a nosso mestre que he verdadeyro deos. nem ajnda a caça que he cousa vil nom he em poder de caçador. E por que digamos algo outrosy do teu senhorio. bem deues tu saber que o cabo da batalha e o muy alegre vençimento nom he em lidar do homẽ. mas todo vem da vontade de deos. EE: letra apenas parcialmente impressa, devido provavelmente a deficiente tintagem do tipo. poys nos seruamos de todo coraçom aquelle deos que disse emna ley. eu mato e eu torno viuo. E disse emtom africano. E nom esmas tu sobre todas aquelas cousas que alguũ deos ha. Dy me tu que ganharam hos tormentos da cruz. E respondeo lhe emtam sam focas. e disse lhe. Tu paras mentes ha carnal morte que elle reçebeo por sua voontade e nom entendes a resurreiçam que foy logo de que se marauilharam muyto has molheres tanto que o viram. Certas nom te podes escusar que nom sabes todas aquestas cousas. Ca tu q confessas a sua paixam e contas as suas penas. bem soubeste a sua sobida que sobeo ao çeeo e a sua gloria Se nom cata as escripturas e veras de quem fostes criados tu e o teu emperador. E acharas que aquelle jhesu christo que tu esmas q foy crucificado esta emna seeda do çeeo e deestra de seu padre pera julgar todos. E quando Affricano ouuio aquesto foy ja quãto sanhudo. e disse. Por muyta parla que em ty as ja tu vençeras Demostenes o saybo. mas sacrifica aos deuses. por tal que nom sejas queymado em muy cruel fogo. e olha aqui bẽ cinquoenta mil homẽs ou mais que todos teem em ty os olhos e o coraçam. E se durares em aqsta tua porfia trage los has per ventura todos a loucura desta tua creença. E respondeo emtom sam focas e disse. E pois qual he mais aguisado que esto de hijr contra aquelo que tu queres. poys que agora posso aproueitar aqles todos com a minha morte. Ca se os que me seguirem for dada per min a vida eu durarey na confissam de ds. E demais se toda esta companha for salua por min muy d grado me hirey eu meter ẽno fogo. ca mãdado me he emna escriptura que se nom ençuje por min nenhũa das minhas ouelhas. E disse emtam Affricano. O amor da tua piedade me faz a my auer grande doo. e por esso me qbranto eu e som manso. mas tu q es aparelhado pa toda batalha husas mais da miha soffrença. E o q eu soffro pola grande piedade que em my ha. cuidas tu que he polos teus meresçimentos? E respondeo emtam sam Focas e disse Homẽ mesquinho e aparelhado a morte. sobeja cousa he dar emtõ conselho quando a sentença he liurada de huũa parte e da outra. Nom quero que nenhuũ seja atormentado por door de myn. assaz dou eu conselho a min mesmo. que quaaesquer tormentos em todos os desprezo. e nom creeas que me eu vença por ventura por crueldade de tormẽtos. Demostenes te ensyne mas a min jesu christo me armou a sofrer todalas cousas.


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